quarta-feira, 12 de agosto de 2009

O tempo do PSD...

Em Albufeira, ao fim destes últimos anos de governação PSD, pelo que se ouve, comenta e se lê nos blogs, nem tudo foi bom e nem tudo foi mau. Há apreciações um tanto ou quanto mais inflamadas e provocatórias, diria mais, difamatórias, que em nada abonam a favor da candidatura do PSD, levantam-se muitas suspeições e acusações de favorecimento deste ou daquele, leiam os blogs. Todavia, se estivesse lá outra pessoa ou outro executivo, dir-se-ia o mesmo, não tenhamos ilusões, as pessoas são mesmo assim.
Não pensando no que não foi feito, vamos ver o que se fez de importante: qualquer pessoa que venha hoje a Albufeira, vê que a cidade em termos de pavimentação, sinalética e acessos está melhor, bem sabemos que é uma obrigação, mas poderia não ter sido feita; vemos que o parque escolar aumentou, modernizou-se e adaptou-se às novas realidades, tais como as bibliotecas escolares, quadros interactivos, apoio escolar e social. Sabe-se que a construção de escolas é da responsabilidade do Governo, mas os terrenos são as autarquias que os compram ou cedem para esses fins; vê o parque desportivo a desenvolver-se, haverá dentro de pouco tempo um Pavilhão Gimnodesportivo novo, com excelentes condições para a prática do desporto; vê que requalificaram toda essa envolvente ao estádio municipal; vê que o apoio social não foi esquecido, bem como o apoio aos jovens em diversas áreas; vê uma Biblioteca Municipal; vê alguma manutenção de espaços e equipamentos e por fim, vê as Piscinas Municipais, que acho ser de mau gosto, alguém dizer que é a zona com mais piscinas per capita do país, e ainda que o seja, esquecer-se, que há que contar com todos aqueles que não têm piscinas, e são muitos, para não dizer a maioria dos habitantes, basta lá ir, para ver que é um equipamento, bem concebido, bastante utilizado e com bastante actividade; há ainda que ver a construção de um terminal rodoviário, condigno para uma cidade como a nossa, há sem dúvida, para além das referidas, ainda muita obra feita para ver, é verdade, temos de admitir!
Quanto ao que não foi feito ou foi feito mal. Antes de começar, é importante dizer que qualquer gestor que se preze (o presidente da câmara é um gestor acima de tudo), tem que ter um plano de acção bem definido e orientado, alicerçado em dados concretos, estatísticas e análises contextuais, que defina um rumo sustentável de desenvolvimento estratégico de futuro, que englobe todo o concelho e, não se pode ficar apenas pelo cumprimento de um simples programa eleitoral, até porque ninguém já liga a isso, e quando ligam “Promessas, é só promessas!” e ficamos por aí. A este propósito, a nível autárquico e até a nível nacional, as pessoas escolhem caras, simpatia, imagem, postura, muito folclore e sobretudo ONDAS e, agora, ainda é a onda do Desidério, daqui a quatro anos, será outra, a do David ou de outro qualquer nome, portanto, amadorismos e coisas feitas em “cima do joelho”, só para agradar, como sãos os programas eleitorais é para esquecer. Programas eleitorais, eu chamar-lhe-ia linhas orientadoras sem grandes compromissos, porque quase nunca são cumpridas as promessas. E isso, Desidério não fez bem, foi respondendo às necessidades do momento, com uma ou outra coisa planeada, que depois não se enquadra no todo, morre ali, como se diz, enfim, deixou-se levar pela euforia do “Movimento Associativo”, que tomou proporções babilónicas, difíceis de controlar e fiscalizar os seus fins e os dinheiros que se atribuem anualmente e, como já disse noutras análises, excluindo duas ou três delas, que têm fins úteis para as pessoas e para a sociedade, as demais, não deixam de ser, senão sorvedouros de dinheiros, e montras de vaidades para os seus dirigentes e acólitos, dinheiros esses que fazem mais falta noutras áreas. O populismo saloio é um outro erro, apesar de ser um trunfo, porque as pessoas gostam de ter o presidente ao seu lado, é em simultâneo uma demonstração tacanha de fazer política, permeável a tudo e a todos, e o que se fez até hoje, foi isso mesmo, aproveitar tudo e mais alguma coisa para o culto da personificação de um “Eu”muito bom e muito importante. A vida não pode resumir-se a festas e mais festas, um gestor de uma empresa que andasse todos os dias em festarolas, não podia gerir a sua empresa. No bem público passa-se o mesmo, o presidente deve ir a este ou àquele evento, mas não a todos, foi e é um erro, a sua missão não é ouvir as pessoas, é gerir da melhor forma os recursos do bem público, os técnicos é que devem ouvir as pessoas e encaminhar os seus pedidos para os sectores competentes. O próximo presidente que siga um rumo idêntico, é um presidente do tempo passado.
Uma outra situação, menos abonatória, diz respeito à falta de imparcialidade. Quem está nestes cargos, como sabemos, está sujeito a muita pressão por parte de vários lobbies, e quando existe favorecimento deste ou daquele, numa ou outra situação, leva ao descrédito dos políticos e provoca nas pessoas uma sensação de impotência e injustiça perante a desigualdade, mas este não é apenas um problema só daqui, é por todo o lado, é recorrente diria! Um outro aspecto, amplamente criticado, são alguns eventos de promoção, foguetes, decoração de Natal, etc... por pecarem por excesso e falta de senso, ainda mais agora em tempo de crise. Essa promoção é necessária, contudo, quem tem de a suportar não pode ser a autarquia, mas quem dela tira proveito, porque ainda não se viu as empresas partilhar os lucros com a autarquia nos tempos de bonança.
Para finalizar, alguns sectores não foram bem geridos, é de alguma falta de senso, colocar à frente de sectores, que obrigaram a grandes conhecimentos técnicos e experiência comprovada, pessoas pouco preparadas e sem qualquer vocação para o exercerem, e ao que parece, vai continuar assim.

6 Comentários:

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Escarapão disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Anónimo disse...

Os outros partidos não fizeram este tipo de campanha! Os PSD's não enxergam que já é tempo de nos deixarem respirar um pouco? Isto já tresanda ... Oxalá levassem pela medida certa em Outubro...

Anónimo disse...

Sobre a falta de imparcialidade do PSD em Albufeira, há que saber manter o senso. É ou não verdade que as associações estão presas e dependentes dos conselhos do Desidério? A ASCRATIA é o exemplo mais claro. Na inauguração da sua sede, a história do cheque de 25 mil euros tirados do bolso pelo Desidério, revela o despudor ético, desrespeito moral, irresponsabilidade democrática, falta de cultura política deste homem. É demasiado "baixo". Como se desce tanto com o unanimismo deste homem ao fim de 8 anos de produzir e amealhar poder!?! Um dia a história será clarificada...
É ou não verdade que facilitou as construções megalómanas (CS São Rafael e Salgados, porventura esta última o maior exemplo de aberração e de injustiça para com tantos projectos que têm sido chumbados! E as ligações familiares nesta empresa não deixarão de ser averiguadas brevemente.... por quem de direito!
Porque é que algumas pessoas ligadas a outros partidos e candidaturas foram desistir, alegando que o Desidério os chamou a atenção!? A democracia daquela cabeça é mesmo musculada! Palminhas, mãos ao ar!!! E (esperemos) ninguém se enganou....
Chamo a atenção para as afirmações do Desidério na apresentação da sua candidatura, há cerca de 3 meses: "precisamos destes 4 anos para concluir o nosso projecto". Ora isto fala numa verdade individual latente para os 4 anos do Desidério. É o seu projecto pessoal. E, para isso, foi buscar um Engº Sequeira, pois as obras e construções em Albufeira são o móbil mais apetecível dos corruptos... Muitos desenhos de murinhos e paredes Desidério fez a muita gente. E agora está dependente destes trabalhinhos de tal modo que até já há quem sinta o direito de exigir a este autarca todo o tipo de construção que lhe apetecer. Nunca Albufeira, nos últimos 15 anos, teve tanto cimento e tão poucos espaços públicos. A Câmara, na verdade, tem sido como que uma entidade privada de alguns... sem imparcialidade. Não fica bem a ninguém misturar empregos e influências para com os seus familiares, em instituições públicas. Retira da sua posição lucros e proveitos para si próprio que são repreensíveis ao nível do senso comum e do direito natural. Quem, em Albufeira, não perceber isto e não responsabilize nas eleições a pessoa beneficiada e com falta de tal senso, pode ser ultrapassado a torto e a direito, pois é o que vai acontecer em 4 anos. Se nos habituaram a este tipo de actuação política e de falta de senso ético e moral nos 8 anos passados, que esperamos para tirar as conclusões em Outubro?
Há que ter coragem e mudar para alguém que pretende iniciar um novo ciclo e projecto para mais de 4 anos.
E porque é que alguns artistas vêm a Albufeira receber cerca do dobro do que recebem em Portimão, Lagos etc? Não percebo porque é que o Ministério Público não averigua estes factos, contados pelos próprios artistas.
Quem já governa Albufeira com os olhos do medo e dominando, sempre que pode e deixam, a consciência das pessoas, não pode ter bons resultados e não é, de certeza, pessoa bem formada para representar TODOS os Albufeirenses. Ao Xico de Paderne disse que foi ele que lhe pediu para o aceitar no PSD. O Xico diz que o PS é que o pôs fora. Mentindo descaradamente, este Xico não aceitou a proposta para continuar na Junta de Paderne, que lhe foi feita numa Reunião da Concelhia do PS. E foi aceitar candidatar-se à mesma Junta pelo PSD! Falta de carácter e de dignidade política. Falha ética e moral dum homem que renega os seus princípios e abandona a luta em prol de favores individuais... Isto não serve para se confiar em ninguém. E no Xico? Que tem ele de especial para ser digno do nosso crédito quando o enjeitamos e recusamos aos outros, em idênticas situações?

Albufeirense disse...

Caro comentador, solicito autorização para o publicar como POST

A Ramos disse...

DE autor do comentário anterior sobre a não imparcialidade do edil de Albufeira. Por mim, estamos autorizados a publicar o texto como POST. A minha identificação, é A. Ramos. Aliás já me identifiquei com o meu nome noutros textos anteriores, se verificarem. Autorizo-vos em todos os textos que forem feitos para o vosso blogue, com a maior das naturalidades.

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