terça-feira, 13 de outubro de 2009

O desaire de David e a “guerra” pelo poder do PSD-Albufeira

David Martins foi a grande desilusão destas autárquicas. Se há algum dado relevante a registar nestas eleições em Albufeira, é este mesmo, o fracasso quase absoluto de David, pior ainda do que o de Anastácio há quatro anos atrás.
David tinha consciência que era muito difícil ganhar a Desidério, e não soube ser político, limitou-se a acreditar na sua boa-fé. Errado! Um político tem de ter garra, tem de ir à luta e tem de ser combativo. Ser-se pela positiva é bom, mas não chega, e aí, David foi mau como político e, agora pode ou vai ter o PS-Albufeira “à perna”!
Não foi por falta de avisos! Não explorou os pontos negros da governação do Desidério, e os erros em política pagam-se caros, como é o caso desta histórica e humilhante derrota.
A actual situação de maioria absolutíssima de Desidério e, do ponto de vista democrático, é péssima, têm ao seu dispor uma ferramenta democrática e legitima de valor incalculável, que lhe foi oferecida no domingo passado e com ela se servirá e dará a servir a quem entender, sem que possa ser contestado ou rebatido, para além do esmagador apoio da Assembleia Municipal, que contará com 20 elementos do PSD, contra 6 da oposição.
Lamentavelmente a culpa não é de Desidério, mas sim dos partidos da oposição que são bastante medíocres e ineficazes e não souberam captar a atenção do eleitorado. Sejamos sérios, em Albufeira, o PS, o CDS e a CDU têm todos de passar por um lifting e trabalhar com mais entusiasmo pela democracia. É urgente a substituição dos seus líderes, para dar lugar a outros mais capazes.
Até a CDU foi ultrapassada pelo candidato [independente] do BE! Que partidos são estes que não trabalham! A CDU apresenta dois rostos que não se compadecem com os tempos actuais, onde a imagem vale mais do que tudo. Onde está o rigor, o brio democrático? Naturalmente que as pessoas em causa não têm culpa dos seus rostos e nem todos podem ser bonitos. Mas há que ser consequente, para não sofrerem este tipo de derrotas, que são humilhantes para qualquer pessoa.
Quanto ao PSD-Albufeira, que nada mais é do que um “guarda-chuva” para justificar a ânsia do poder, em nome da cidadania e da democracia, está a braços com vários problemas, sendo que o da sucessão é o “epicentro” de todos os restantes.
Carlos Rolo, com estes resultados, jamais poderá ambicionar a liderança do partido e por mais alianças antecipadas que tente fazer com CDS, terá antes de tudo, de conquistar o partido e com tantos fervorosos pretendentes [Carlos Silva e Sousa, Sérgio Brito, Paulo Dias, Carlos Quintino, Nuno Peixoto, Saraiva, Leonardo Paço, Mota Marques e outros] acabará por desistir, se não desistiu já!
Carlos Silva e Sousa, por mais que tente segurar as pontas, não vai ter mãos a medir a tantas pressões e o “assalto” ao controlo do PSD, pode até já estar a ser programado, e com isto, não lhe resta alternativa, senão redobrar a sua atenção e pegar nas suas tropas [Adriano Ferrão, Calhau, Paulo Freitas, Marlene, Carlos Santos, Rui Carvalho, Vitor Passarinho…] para defender o seu reino.
Quanto a Desidério, provavelmente não irá acabar este mandado, tem ainda outros trunfos na manga [RTA, Distrital do PSD e Assembleia da República como deputado] e, como não tem de trabalhar para mais nenhuma campanha autárquica em Albufeira, pode dar-se a esse luxo de mudar de opinião e rumo, porém, aqui em Albufeira, não irá entregar o poder de ânimo leve a qualquer um, as sementes podem até já estar lançadas na terra, só falta deixar passar o tempo, para que comecem a germinar.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Pedro Passos Coelho é o homem certo para o PSD!?

É ambicioso, é novo e tem garra para pegar num partido moribundo e “caquéctico”, cheio de artroses à beira de Alzheimer. Lamentavelmente, é este o estado actual do PSD de Cavaco, bolorento e retrógrado que teima em manter-se a si e aos seus ex-ministros no poder como se fossem eternos jovens.
PSD a continuar assim, vai afundar-se cada vez mais se se mantiver [Cavaco e amigos] numa atitude anti-renovação. Os partidos, quer localmente quer a nível nacional, precisam de gente nova e ambiciosa, que quer ser poder e não “velhos do Restelo” que nada fazem e, mais não são do que promotores de anti-progresso e defensores dos seus “poleiros e tachos”.
Portugal é prodígio nestas coisas de não querer ceder o poder aos mais novos a bem do progreso e da nação, parece até, um tanto ou quanto doentio, mas é assim desde há muito. Leiam Camões! E vão ver que a história repete-se.
Manuela Ferreira Leite, Cavaco, Catroga, Marques Mendes, Luís Arnault e muitos outros são os principais culpados pelo estado actual do PSD. Têm cerrado fileiras e não permitem que o PSD possa respirar.
Como já todos se aperceberam, Passos Coelho não desiste, ainda bem! Porém, os tais da “velha guarda” não desarmam, lançam alguns nomes como possíveis alternativas a Ferreira Leite, nomeadamente o “sábio e peneirento” Marcelo e outros, para dificultar-lhe a vida como o têm feito e como o fizeram com Menezes.
Num estado democrático e livre, estas coisas não deveriam acontecer! Contudo, a conquista do poder de forma oferecida será sempre “coxa”, e assim nunca resulta. Passos Coelho parece não quer que assim seja, sabe que pode não ser o melhor e o ideal, mas é aquele que quer mesmo ser Presidente do PSD e Primeiro-Ministro, os restantes são muito fracos como líderes e já não convencem, não têm ambição, logo não servem a ninguém.
Manuel Ferreira Leite é altamente responsável por deixar o partido mais uma vez à deriva. É certo e sabido que vai deixar a presidência do partido nos próximos dias e, excluindo Aguiar Branco, os demais pretendentes não são deputados, logo se algum destes vier a ganhar alguma coisa, vai deixar, mais uma vez, o PSD órfão de líder na Assembleia da República e isso é muito mau para a democracia representativa.
Assim sendo, o jejum dos militantes do PSD vai continuar para gáudio duma esquerda emergente.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

David o "pára-quedista"

David Martins ainda não percebeu que para se ganhar eleições não basta ser só boa pessoa. É necessário mais entusiasmo, mais confronto e mais luta, as pessoas gostam disso. Gostam do confronto de ideias de forma acesa e com bastante garra.

Como pode David Martins ser alternativa daqui a quatro anos se não afronta agora de forma objectiva o seu opositor em relação ao que está mal feito e ao que não foi feito. Ser-se só pela positiva não leva ninguém ao poder. E ideias só, também não chegam! David Martins não pode ficar há espera dos votos dos descontentes e dos socialistas de Albufeira, que em teoria são mais do que os sociais democratas, embora não se saiba onde estão. Tem de trabalhar mais e alterar a sua estratégia.

A resposta que deu a Desidério, através da comunicação social, sobre os "pára-quedistas", revela bem o seu espírito de fraco guerreiro, [sem ofensa] mas é verdade! Tudo o que disse está certo, revela educação, coerência e saber estar, mas a resposta deveria ser outra para um político que necessita de se afirmar com tal. Desidério também é um "pára-quedista", e é ainda outra coisa, um "montanheiro" de Boliqueime [mais uma vez sem ofensa], bastante ambicioso e com uma ânsia de poder, que aos poucos se vai revelando nas suas atitudes, gestos e acções. A somar a isto tudo, é ainda um tanto ou quanto provinciano, nos termos e nas insinuações que usa quando se dirige ao seu opositor. O que seria de Albufeira sem os "pára-quedistas"? E que seria de Desidério sem os votos dos "pára-quedistas"?

Um outro aspecto que David Martins poderia explorar, se bem estudado e organizado, feito com rigor, são as contas da autarquia em relação aos dinheiros mal gastos em todos os sectores da Câmara, desde a educação até às festas de promoção da imagem "Desidério". É que não chega só dizer que os artistas são melhor pagos aqui em Albufeira do que noutros sítios. Tem que fazer contas e impor aos seus colegas de campanha, um trabalho de casa e uma avaliação mais cuidada destas coisas, porque se trata de dinheiro dos contribuintes, a ser mal gasto é um problema muito sério que dever ser debatido.

Será que David já fez as contas de todo o dinheiro que foi entregue às associações, será que já somou todos os dinheiros gastos em palcos, stands, viagens, estadias, trabalhos a mais, embargos, festas e foguetes.... Será que isso não é importante saber e divulgar à população.

Anunciar que se vai fazer mais alguma coisa já passou de moda, as pessoas estão fartas de tanta coisas, até têm coisas a mais que não aproveitam. Em suma, David se não dá tudo por tudo nesta recta final, ou vai trabalhar ou então vai para o Governo, assessor de um qualquer Ministro. Aqui, depois da derrota, pouco há para fazer!

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Desidério pouco convincente

Apesar de ter salas cheias, o entusiasmo já não é o mesmo de outros tempos. As pessoas estão cansadas da hipocrisia e do discurso fácil e porquê?

Porque Desidério não soube escolher pessoas à altura!
É talvez o pior elenco de sempre, vejamos – Bota Sequeira, elemento que não inspira grande confiança ao eleitorado, é um construtor que está a sofrer as consequências da crise, tem actualmente negócios com os lobbies do imobiliário em Albufeira, argumentos mais que válidos para não se votar em Desidério, bem como Paulo Dias, que tem delapidado o erário público como nunca se viu, não olha a meios e gasta o que for necessário e o que não for, trabalha na sombra, bastante discreto, não goza de grande simpatia, é demasiado distante das pessoas e por isso quem não simpatizar com ele, não dá o voto a Desidério [e são muitas]. Os restantes membros já todos lhe conhecem as histórias, virtudes e defeitos que não vale a pena mencionar. Palma Soares, outrora grande figura do PSD Albufeira está completamente apagado, a Pifaro, pouca experiência e pouco empenhada, não se sabe muito bem a quem está a fazer um favor?

Ao contrário, David apresenta uma lista mais fresca, com pessoas novas na política, mas com experiências de vida, e são capazes de recolher os votos dos descontentes de Desidério. Talvez o David até se surpreenda com os resultados.

David, é como Desidério já o foi - depois o poder faz milagres e as pessoas transformam-se -, é afável, simpático, está pela positiva e não quer muitos “soundbytes” à sua volta, o que é um erro.
Soube afastar quase todas as “maças podres do PS”, embora não tenha tido a coragem suficiente para arrumar de uma vez por todas com a família Clemente. Talvez para a próxima!

David só não ganha já porque não está a aproveitar os deslizes de Desidério.
Parece que está a fazer um favor ao PSD.

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