segunda-feira, 31 de agosto de 2009

A ideologia do poder oculto na política

O verdadeiro poder não está em quem o exerce, mas naqueles que o rodeiam. Faz parte da natureza humana e acontece assim inalterável, desde que o homem vive em sociedade. E também não é de estranhar que, apesar de milhares e milhares de anos de aperfeiçoamento e evolução das sociedades e das mentalidades, o Homem continue a comportar-se desta maneira básica e rudimentar para conseguir poder.
Porque é que o poder está por detrás do trono? É simples, o Homem tem tendência em agrupar-se segundo determinados interesses, com regras hierárquicas bem definidas, que lutam por controlar e dominar algo que lhes convêm e, a melhor forma de o conseguirem é colocar alguém junto do poder, normalmente são pessoas com uma acção quase imperceptível mas bastante influentes, que têm como finalidade exercer pressão e defender os seus interesses e os dos seus pares.
A tristeza deste comportamento humano não reside só nos homens que se escondem e controlam, mas principalmente naqueles que pensam que detêm o poder. Na realidade são meros “testas de ferro”, que a troco de uma melhor vida e de alguma ilusão, vendem a sua dignidade, os seus princípios e a sua moral, empobrecem a democracia e corroem a sociedade com a sua ambição desmedida ou até às vezes forçada. Criminalmente é um comportamento punível, mas todos fecham os olhos, é a corrupção materializa em descrédito e desconfiança nas instituições democráticas. Portugal está cheio destes casos, como todos sabemos é um país com um nível de corrupção bastante elevado, no qual se age com um low profile de fazer inveja aos países de leste, verdadeiros mestres no tráfico de influências.
Infelizmente é assim por todo o lado e Albufeira não é excepção, numa escala mais pequena, mas igualmente punível e condenável, temos cá diversos lobbies que se fazem representar, directa ou indirectamente, nas várias estruturas da sociedade e do poder, que vão gerindo cada um desses interesses, numa luta de equilíbrios precários, iludindo os mais distraídos, levando-os a pensar que é tudo perfeitamente natural e sério.
Albufeira, pelas suas características naturais, pela sua localização estratégica e pela sua capacidade de gerar riqueza é desmedidamente apetecível e não são só os lobbies do “betão” que predominam em Albufeira, há os mais ou menos secretos e discretos que não temem a Deus, mas a um “Arquitecto”, há os visíveis, que aparentemente pouco ou nada fazem, mas o seu poder é enorme nas ligações e teias que estabelecem para atingirem os seus fins. Esses são os piores, porque actuam com a capa da legalidade, que é feita à medida e, por acaso, serve-lhes perfeitamente, e quando é preciso ajustá-la, é defendida por verdadeiros guardas “pretorianos”, camuflados de advogados e por algumas tristes figuras que se contentam com migalhas, deixando a parte de “leão” aos verdadeiros “donos” desta democracia, os homens do dinheiro!
Mas o que é que isto tem a ver com a política local? Tem tudo, porque os políticos já não são os homens que têm apenas a capacidade de influenciar os outros com as suas opiniões e ideias na construção de uma sociedade mais justa e equilibrada, são mais do que isso, são “veículos” para a manutenção de um determinado Status Quo, que interessa a meia dúzia, pouco importa a cor do partido e a sua ideologia, o que importa é se este ou aquele é de confiança, para que as coisas se mantenham como estão. Localmente é notório, porque as pessoas conhecem-se todas e é mais fácil perceber as intenções de cada um e as ligações que têm.
Puxando aqui o assunto do post anterior, os políticos em Albufeira, com algumas excepções, são “chicos-espertos”, oportunistas, pessoas sem escrúpulos e pouco inteligentes, que fazem política de trazer por casa, amordaçada, para não permitir o debate de ideias, e só assim se mantêm na governação do concelho a seu belo prazer como se de uma coutada se tratasse.
Por tudo isto e para bem de Albufeira e da democracia, era bom que a próxima geração de políticos, tanto o PS como PSD e os outros partidos também, impedissem a ascensão de pessoas como o Eng. Sequeira, que tanto serve o PS como o PSD e os interesses instalados e o Dr. Paulo Dias, que de políticos tem pouco ou quase nada e ninguém lhes conhece ideias de fundo para melhorar a sociedade, que usam a política para se promoverem em detrimento do bem comum e da causa pública.
O PS-Albufeira já deu o primeiro passo, David Martins pode representar essa nova geração e, depois de Desidério, espera-se que o PSD-Albufeira, possa fazer o mesmo, encontrar pessoas à altura, equidistantes destes males de que a democracia padece, desligadas de interesses particulares e mesquinhos, mas que lutem por um Concelho mais produtivo, mais qualificado e mais seguro, para bem dos seus concidadãos.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Platão e ciência política

Platão, num dos seus diálogos de ciência política, compara a actividade política com a actividade tecelã, isto porque a arte da boa vestimenta implica opções de escolha, no que concerne ao tipo de tecido a usar, técnicas de costura utilizadas, e de que forma a vestimenta está preparada para as intempéries e protege as partes pudicas. Platão, hoje, se estivesse vivo teria de encontrar outras metáforas para a comparação política, porque actualmente os pudores são outros e ninguém se importa de mostrar o que quer que seja e também ninguém se importa se a vestimenta está ou não preparada paras as intempéries, muito menos quer saber quem foi o pobre desgraçado que a fez e se utilizou da melhor forma a matéria-prima e as melhores técnicas e o mesmo se pode dizer dos políticos, que não tem pudor de espécie alguma nem a vergonha necessária para se manterem imparciais e sérios.
Mas voltando ao seu tempo, o de Platão, o que ele queria dizer sobre os políticos continua a ser actual, o político é alguém que deve saber “cardar e fiar” as ideias com sabedoria, é alguém que deve saber optar pelas melhores e pelas mais coerentes iniciativas que atendam às diversas opiniões, procurando incessantemente o justo equilíbrio entre os mais fortes e os mais fracos e indefesos, para que a sociedade se desenvolva harmoniosamente. E porque é que continua a ser bastante actual, porque o problema principal da política persiste e permanece inalterável, pois há homens que continuam a acreditar que todos são capazes de exercer política. Como dizia, a Política é uma arte muito especial e não deve ser exercida de ânimo leve por qualquer um, para tal há que possuir capacidades de ordem técnica (conhecimento aprofundado), de ordem estratégica (saber o que é melhor e como o fazer) e por fim há que saber conduzir homens, sendo esta, superior a todas as outras capacidades ( a liderança).
Percy Shelley, chega mesmo a dizer que Platão “foi o primeiro e talvez o último, a sustentar que o estado deve ser governado não pelos mais ricos, os mais ambiciosos ou os mais astutos, mas pelos mais sábios."
Todavia, o que nos é dado a conhecer diariamente, assume um contradição diametralmente oposta a estes sábios princípios com mais de 2500 de existência, porque o que verdadeiramente acontece e devemos sempre duvidar se alguma vez aconteceu o contrário, é que, quem está na política não são esses homens e mulheres sabias, mas sim, os “astutos”, os chicos-espertos e os poderosos que têm um visão redutora da sociedade e ambicionam um mundo de benesses para eles, para os seus compadre e para a sua clientela. E como dizia Maquiavel, “a forma como vivemos está longe de ser o ideal”, porque “todos os homens são maus”, “são naturalmente animais egoístas”. E com isto se explica tudo.

A crise e as associações em Albufeira

O “Movimento Associativo” é talvez a “obra” mais emblemática de Desidério. Daqui a alguns anos, quando se falar no nome de Desidério, o que virá de imediato há memória é o movimento associativo e tudo o que representou de menos bom, porque dos aspectos positivos ninguém se lembrará, se os houve? Houve sim!
Como sabemos, esta ideia das associações foi estratégica, só pode ter sido pensada com uma finalidade, procurar apoio político de forma sustentada a médio e a longo prazo, não há outra razão que justifique esta lamentável situação de servilismo que as associações estão sujeitas através dos seus dirigentes e muitos associados. Todo este esquema não é bom para a democracia. Com a ganância de tudo querer, as pessoas remetem-se ao silêncio e à indiferença, porque a crítica pode-lhes causar algum dissabor, e por isso calam-se e deixam de exercer a sua liberdade de expressão. Que tipo de associações são estas? É caso para perguntar!
A ideia mediatizou-se e valorizou-se ao ponto, de tudo servir para se fazer mais uma associação, por esta andar, dificilmente se conseguirá por um travão, sem que “derrapemos” a grande velocidade e aí não há volta a dar.
O cidadão comum é despreocupado e desatento, que é a maioria infelizmente, não se preocupa com as coisas mais complexas da sociedade, alheia-se e não aprofunda os seus conhecimentos, e só pelo senso comum de ouvido não chega lá, vai vivendo com as suas amarguras e, na realidade, não quer saber dos políticos para nada. Mas, quando há um jantar ou uma festarola, aí aparece, participa e diverte-se, cumprimenta, mas não vê o que está à sua volta.
Não tenhamos dúvidas, as associações têm servido de “engodo” para entreter as pessoas, ou seja, com a finalidade de desviar ao máximo as atenções da massa crítica, submetendo-as há ilusão, há ignorância e ao servilismo, que daí resulta. E o resultado é este, quatro, oito ou doze anos de governação, ou mais. A magnitude do número de associações é tão elevado, que se torna incomportável para a autarquia apoiar sistematicamente ano após ano. Mais tarde ou mais cedo haverá um fim, como em tudo. Em economia, só as empresas sólidas é que vingam nos tempos de crise. Vamos ver a que ritmo as associações vão continuar a aparecer nestes próximos anos e quantas são as que vão fechar portas.
Qualquer que seja o vencedor destas autárquicas, terá um problema sério para resolver, ou acaba com a maioria destes apoios ou sujeita-se a ter que contrair mais empréstimos à banca, porque a receita não é como era nos tempos das “vacas gordas”, podemos até estar a falar de tostões, dinheiro contribuinte deve ser sempre bem aplicado, e como é do conhecimento geral, por norma, as associações não apresentam quaisquer resultados da aplicação dos dinheiros públicos, nem tão pouco, os relatórios de actividades. Publicam-se os apoios concedidos, porém a demonstração de resultados e a justificação do apoio, esses nunca são publicados, nem divulgados, se isso fosse feito, muitas associações não teriam direito a receber nenhuma espécie de apoio no ano seguinte, era bom que o cidadão contribuinte soubesse como foi gasto esse dinheiro e que mais-valias trouxe para a sociedade e para a comunidade local.
É verdade que as associações são manifestações de cidadania plena e activa da chamada sociedade civil, que defende ideais, princípios e/ou luta por direitos, sendo portanto, muitas vezes a única via que os cidadãos encontram para se relacionarem democraticamente com instituições. O que se lamenta é outra coisa, é o abuso e a dependência do apoio para a sobrevivência das associações. Muitas há, que têm contratos programas com a autarquia e desempenham uma determinada função, substituindo-se às obrigações públicas e necessárias, as restantes não são merecedoras de apoios nenhuns, têm condições mais que suficientes para sobreviverem e se não têm, têm de procurá-las, e caso não as encontrem, é porque não se justifica a sua existência e, aí devem encerrar portas. Será que há coragem política para por um fim a tudo isto? Vamos ficar à espera!

Os blogs e os políticos

Os políticos por norma não gostam da blogesfera, mas usam-na para se promoverem, fazem gosto nisso, para dar um ar de modernidade e passar a imagem que dominam as tecnologias, mas quando são criticados não gostam dos blogs.
Aqui, na pequena blogoesfera albufeirense, que vai crescendo de dia para dia, já se começa a notar que causa um certo embaraço nos políticos cá da terra, não todos, mas nalguns, isso é visível e notório. Sente-se que lhes provoca grande desconforto, mas é inevitável, vão ter de se habituar, para o bem e para o mal, a estas novas realidades de fazer política e de expor a crítica anónima ou não, em tempo real.
Não gostam porque não conseguem controlar, como acontece com a pseudo-comunicação social regional e local, que vive num conluio e numa “paz podre” que serve apenas de promoção deste ou daquele interesse, às custas do apoio financeiro público. É lamentável em democracia que este tipo de situações sobreviva sem qualidade, sem rigor e sem isenção.
E assim, desta forma, se controla um importante meio de expressão com o disfarce a que todos assistem há vários anos, consoante a cor dominante, o que é difícil de acontecer com os blogs, principalmente com os anónimos e isentos, onde a liberdade de expressão não é amordaçada nem é comprada por ninguém.
Quanto aos políticos, estes não são donos do bem público, como tal têm de aceitar todas as formas de expressão e, os blogs são actualmente o melhor mecanismo para dar voz a uma crítica que se espera ser construtiva, que por vezes não o é, mas pode ser fundamental para a regulação da acção política, na sua função de permanente vigilância e atenta na condução deste património de todos que é a democracia e as instituições democráticas. Trata-se, portanto, do bem e do interesse de todos, ao qual assiste, não só o direito, mas a obrigação de contestar o que quer que seja, se se achar que é necessário e que são precisos mais esclarecimentos. Contudo, os blogs devem evitar, principalmente nos comentários, formas abusivas de julgamentos de carácter a priori e sem fundamentação comprovada. Quando há factos comprovados, existem uma série de mecanismos ao alcance de todos, sob anonimato ou não, para o exercício da defesa dos seus direitos e para o bem da democracia, e não devem servir como espaço para a devassa da vida privada, sob pena de destruir este bem valioso em democracia, que é o direito de expressão e de liberdade, bens que devem permanecer intocáveis.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

ALBUFEIRA DE LUTO

O blog Albufeirense associa-se à restante blogoesfera Albufeirense e expressa, de igual forma, as mais sentidas condolências aos familiares das vítimas de hoje, que infelizmente perderam a vida derivado à derrocada de uma arriba na praia M.Luísa.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Promessas a sério, para quando?

Os dados apresentados pelo INE, no passado dia 14 deste mês, referentes ao desemprego em Portugal, revelam que no segundo trimestre de 2009, a taxa de desemprego no Algarve apresentou uma ligeira diminuição, face ao primeiro trimestre, antes situava-se nos 10,3% e agora situa-se nos 9,00%, há portanto uma diminuição de 1,3 pontos percentuais. O Algarve e o Centro são as únicas regiões do país que apresentaram um diminuição do desemprego neste segundo trimestres, nas restantes NUTS, a taxa contínua a subir. Não se compreende portanto, este sinal de optimismo do Primeiro-Ministro. Consultem o site do INE e comprovem-no. E em relação à taxa homóloga de 2008, nota-se perfeitamente que continua em crescimento. Falar de abrandamento da crise e consequentemente de diminuição da taxa de desemprego é mais uma das campanhas de marketing do Governo. Em relação ao Algarve, se a taxa desceu, todos sabemos porquê, e também sabemos que no próximo trimestre voltará a subir e também saberemos os motivos e as consequências que advêm, principalmente em Albufeira.
O tema da Segurança no Algarve continua a ser tabu, os políticos não falam, as entidades competentes nada dizem, todos querem esconder os dados para não alarmar a população e para não deixar ir embora os turistas. Se por um lado, essa discrição é compreendida para não aumentar o tal “sentimento de insegurança”, o mesmo não acontece com a intervenção policial em plena praça pública. Ontem, quem passou pela nova rotunda, junto ao terminal dos autocarros, por volta do meio dia, pôde presenciar um aparato policial para revistar dois supostos criminosos, em plena luz do dia e na confusão de um fim de feira, com dezenas e dezenas de pessoas a assistirem, muitos eram turistas. Então, estas cenas de países de terceiro mundo, não são negativas e nefastas para o turismo? Naturalmente que estas intervenções policiais têm de se fazer, e ainda bem que se fazem, até se pedem mais e com maior regularidade, o que me parece não ser coerente, é não querer alarmismos e depois prendem-se pessoas em plena via pública, será epenas para mostrar serviço? Espera-se que não!
O próximo presidente da Câmara Municipal de Albufeira, vai ter um grande problema em mãos, aliás, dois, um - a Segurança e o outro é a Saúde, bandeiras já há muito reclamadas pelo candidato do CDS – Alexandre Freitas.
Bem sabemos que estes dois sectores pertencem a outras tutelas, e que localmente, as entidades pouco ou nada podem fazer. Isto é o que acontecia até então, porque daqui para a frente, esta é uma questão que tem de ser tratada localmente, com o inevitável apoio das respectivas tutelas, e porquê. Como vimos pelos dados estatísticos referentes ao desemprego, a crise está para durar e os problemas sóciais vão continuar a aumentar, com o fim do verão, haverá muitos imigrantes sem trabalho que têm de comer, se não ganham, o que vão fazer depois? Perante tais evidências, conhecendo as consequências, é tempo para o Presidente da Câmara desenvolver estratégias para combater um flagelo que poderá trazer muitos dissabores para Albufeira, que não passam só pela revitalização de zonas degradadas, passa por criar uma cidade menos caótica, menos urbanista, mais ecológica e amiga do ambiente, mais organizada e menos confusa, onde seja possível respirar-se espaços verdes e desfrutar de uma vida mais saudável. Quanto à questão da Saúde, é outro problema que terá de se resolver num futuro próximo, e não basta dizer que vai ser criado um hospital particular, tem de haver respostas concretas para a restante população. A população de Albufeira não pode continuar a pagar impostos e ser mal servida ao nível da saúde, se há financiamento para escolas, porque não haverá para hospitais? O actual Centro de Saúde é uma autêntica nódoa em termos de resposta útil e de eficácia, a cidade tem de evoluir no seu todo, e é aqui que os nossos políticos pecam, não sabem encarar os verdadeiros problemas da sociedade com a dedicação que se exige, deixam-se ficar apenas pelas tais promessas como sabemos, será que algum dos candidatos já prometeu a construção de um Hospital Municipal ou se vai ser mais exigente e determinado nas questões de segurança, com uma Policia Municipal a sério, mais activa e preventiva. Não, isso não se ouve infelizmente.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Desidério já esteve mais próximo do terceiro mandato

A máquina de Desidério está a passar pela fase mais complicada da campanha até ao presente momento, os ventos parecem não estar a correm de feição, é acusada de vandalizar cartazes e de propaganda dissimulada nos blogs, motivando ataques através de comentários desagradáveis e calúnias pessoalizadas, daqui e dali, que em nada contribuem para a democracia.
Desidério, ao apresentar ontem a sua lista, agudizou mais o descontentamento, alguns dos nomes não reúnem consensos junto do eleitorado, é a pior lista de sempre, não apresenta nada de novo e enfraquece a sua reeleição, óptimo para David e para a oposição, que esfregam as mãos de contentes pelas más escolhas.
Para o PSD-Albufeira, em termos futuros, este seria o momento oportuno para apostar em novos nomes, fora do sistema, mais capazes, com força e dinamismo, para dar continuidade ao partido, mas não, a lista ontem apresentada, revela o cansaço do sistema, o comodismo e o sectarismo de oito anos de governação, que irá abrir brechas, mais tarde ou mais cedo, junto dos militantes. Já se contestam tais nomes por não ter havido consulta prévia, resta saber se o processo de selecção interna, foi democrático e se respeitaram os estatutos da partido.
Com esta lista, mais uma vez, O PSD-Albufeira revela não saber escolher os candidatos certos a vereador, o resultado é este, fazem um mandato e depois vão-se embora: Pescada, Ana Vidigal e António Gonçalves, representam isso mesmo, opções erradas, erros de casting, que mais tarde vêm a revelar-se em grandes fracassos para o executivo e mau para todas os munícipes.
Faltam pouco menos de dois meses para as eleições, a competição promete ser renhida, adivinha-se muita contestação de parte a parte. David que promete mudança, juventude e uma gestão mais participativa, não está ligado a lobbies aparentemente, pode ainda vir a conseguir um bom resultado com todos estes trunfos, embora o sucesso seja ainda incerto, contudo, deve manter-se assim, para que aumente a sua aceitação junto do povo, as pessoas gostam disso.
Ao contrário, Desidério, esperava-se que fosse ainda aquele candidato humilde e envergonhado, que conquistou as pessoas há oito anos atrás, mas não é o mesmo, neste momento representa algum desencanto e com os nomes que apresenta, revela que não tem uma estratégia inovadora e construtiva, capaz de trazer mais-valias ao Concelho. Prejudica-se a si, prejudica o seu partido e acima de tudo prejudica as pessoas no seu dia a dia.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

De comentário a Post

Sobre a falta de imparcialidade do PSD em Albufeira, há que saber manter o senso. É ou não verdade que as associações estão presas e dependentes dos conselhos do Desidério? A ASCRATIA é o exemplo mais claro. Na inauguração da sua sede, a história do cheque de 25 mil euros tirados do bolso pelo Desidério, revela o despudor ético, desrespeito moral, irresponsabilidade democrática, falta de cultura política deste homem. É demasiado "baixo". Como se desce tanto com o unanimismo deste homem ao fim de 8 anos de produzir e amealhar poder!?! Um dia a história será clarificada...
É ou não verdade que facilitou as construções megalómanas (CS São Rafael e Salgados, porventura esta última o maior exemplo de aberração e de injustiça para com tantos projectos que têm sido chumbados! E as ligações familiares nesta empresa não deixarão de ser averiguadas brevemente.... por quem de direito!
Porque é que algumas pessoas ligadas a outros partidos e candidaturas foram desistir, alegando que o Desidério os chamou a atenção!? A democracia daquela cabeça é mesmo musculada! Palminhas, mãos ao ar!!! E (esperemos) ninguém se enganou....
Chamo a atenção para as afirmações do Desidério na apresentação da sua candidatura, há cerca de 3 meses: "precisamos destes 4 anos para concluir o nosso projecto". Ora isto fala numa verdade individual latente para os 4 anos do Desidério. É o seu projecto pessoal. E, para isso, foi buscar um Engº Sequeira, pois as obras e construções em Albufeira são o móbil mais apetecível dos corruptos... Muitos desenhos de murinhos e paredes Desidério fez a muita gente. E agora está dependente destes trabalhinhos de tal modo que até já há quem sinta o direito de exigir a este autarca todo o tipo de construção que lhe apetecer. Nunca Albufeira, nos últimos 15 anos, teve tanto cimento e tão poucos espaços públicos. A Câmara, na verdade, tem sido como que uma entidade privada de alguns... sem imparcialidade. Não fica bem a ninguém misturar empregos e influências para com os seus familiares, em instituições públicas. Retira da sua posição lucros e proveitos para si próprio que são repreensíveis ao nível do senso comum e do direito natural. Quem, em Albufeira, não perceber isto e não responsabilize nas eleições a pessoa beneficiada e com falta de tal senso, pode ser ultrapassado a torto e a direito, pois é o que vai acontecer em 4 anos. Se nos habituaram a este tipo de actuação política e de falta de senso ético e moral nos 8 anos passados, que esperamos para tirar as conclusões em Outubro?
Há que ter coragem e mudar para alguém que pretende iniciar um novo ciclo e projecto para mais de 4 anos.
E porque é que alguns artistas vêm a Albufeira receber cerca do dobro do que recebem em Portimão, Lagos etc? Não percebo porque é que o Ministério Público não averigua estes factos, contados pelos próprios artistas.
Quem já governa Albufeira com os olhos do medo e dominando, sempre que pode e deixam, a consciência das pessoas, não pode ter bons resultados e não é, de certeza, pessoa bem formada para representar TODOS os Albufeirenses. Ao Xico de Paderne disse que foi ele que lhe pediu para o aceitar no PSD. O Xico diz que o PS é que o pôs fora. Mentindo descaradamente, este Xico não aceitou a proposta para continuar na Junta de Paderne, que lhe foi feita numa Reunião da Concelhia do PS. E foi aceitar candidatar-se à mesma Junta pelo PSD! Falta de carácter e de dignidade política. Falha ética e moral dum homem que renega os seus princípios e abandona a luta em prol de favores individuais... Isto não serve para se confiar em ninguém. E no Xico? Que tem ele de especial para ser digno do nosso crédito quando o enjeitamos e recusamos aos outros, em idênticas situações?

A. Ramos

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Moita Flores pode dar um tiro no próprio pé

O que Moita Flores disse hoje, faz todo o sentido. É oportunamente acutilante, quanto às sucessões dinásticas dentro do PSD, ao sectarismo, há falta de renovação no partido, e há falta de seriedade, um deputado pronunciado num processo-crime, embora não condenado, só pode ser uma afronta para a democracia. Aqui, o PSD-Albufeira, parece sofrer de todos os mesmos males por ele apontados, numa escala menor como é evidente, a dinastia Desidério está espalhada por diversos órgãos autárquicos, a filha integra a lista para a Junta de Freguesia, o filho a lista para a Assembleia Municipal, e como se não bastasse, integra uma pessoa a candidato a vereador, rotulado de homem bastante permeável, próximo de poderes amplamente contestados e conhecidos, que não vale a pena falar, e quanto ao sectarismo, o Desidério, também sofre do mesmo mal, aparenta uma visão estreita, intolerante e intransigente para com os seus opositores.

Moita Flores, com a transparência e a verticalidade que lhe é reconhecida, é de lamentar a sua dúvida em relação ao voto nas próximas legislativas, muitos Moitas Flores fazem falta por este país fora e em todos os partidos, porém a luta por estes seus bons princípios e ideais deve ser feita dentro do partido que o acolheu ou que escolheu, não deve nem pode virar a cara para o outro lado, sob pena de se descredibilizar a si próprio.

Quanto aos efeitos que as suas palavras podem produzir nestas eleições, vindo de um homem que nos habitou aos seus lúcidos comentários, o tempo o dirá, mais valem umas parcas palavras sábias do que todo um frisson gerado pelo “Pontal”.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

O Quinto Elemento

O PSD – Albufeira partiu para estas eleições autárquicas com grande confiança e deixou transparecer que a oposição não teria peso suficiente, capaz de lhe fazer frente, ou seja subestimou o valor do adversário, isso é mau em política, já se viu muito boa gente a cometer esse erro.
O PS do David, está realmente a ganhar pontos a cada dia que passa, não porque fale muito, mas pelo excesso de protagonismo e vaidade do principal adversário. A julgar por tudo o que se ouve aqui e acolá e lendo a blogoesfera albufeirense, o descontentamento vai crescendo há medida que se vão conhecendo os nomes dos candidatos do PSD aos vários órgãos e se fala no assunto, para os descontentes são mais “achas para a fogueira”, para os menos descontentes, estes começam a ficar cansados da demagogia e de alguma hipocrisia que habitualmente reina à volta destas coisas. Por isto, será cedo demais falar numa vitória retumbante, talvez não seja bem assim, o Bloco de Esquerda ou Independentes, se aparecerem, podem fazer alguns estragos, tanto para o PSD como para o PS, beneficiando este último com uma redução da distância percentual que os separa, assim sendo, o PSD pode mesmo vir a perder um vereador, cenário bastante desagradável para Desidério e para a sua equipa, pensar num sexto vereador, é mesmo ficção. Se o PSD vier a perder esse quinto elemento, poderá vir a ser benéfico em termos democráticos, embora com maioria na mesma, não será a mesma coisa. Quanto aos restantes partidos, CDU e CDS, remetem-se ao silêncio, com pouco ou quase nenhuma actividade política, mas que fazem falta naturalmente, para que a competição seja mais democrática e participativa.
A propósito da blogoesfera albufeirense, aconselha-se vivamente e convida-se a uma maior participação e atenção para o que se escreve nos blogs, mais até nos comentários do que nos “Posts”, serão sem sombra de dúvida um barómetro para o que se passa na sociedade real. Os blogs têm a particularidade proteger o anonimato e permitem que se fale abertamente das coisas sem qualquer pudor, que de outra forma, não seria possível.

Comentários eleitorais nos blogs

Foi publicado um comentário há umas horas atrás de propaganda eleitoral e, por reparo de um outro comentador, o “Albufeirense” tomou a decisão de o retirar e de não publicar mais nenhum comentário do género.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

O tempo do PSD...

Em Albufeira, ao fim destes últimos anos de governação PSD, pelo que se ouve, comenta e se lê nos blogs, nem tudo foi bom e nem tudo foi mau. Há apreciações um tanto ou quanto mais inflamadas e provocatórias, diria mais, difamatórias, que em nada abonam a favor da candidatura do PSD, levantam-se muitas suspeições e acusações de favorecimento deste ou daquele, leiam os blogs. Todavia, se estivesse lá outra pessoa ou outro executivo, dir-se-ia o mesmo, não tenhamos ilusões, as pessoas são mesmo assim.
Não pensando no que não foi feito, vamos ver o que se fez de importante: qualquer pessoa que venha hoje a Albufeira, vê que a cidade em termos de pavimentação, sinalética e acessos está melhor, bem sabemos que é uma obrigação, mas poderia não ter sido feita; vemos que o parque escolar aumentou, modernizou-se e adaptou-se às novas realidades, tais como as bibliotecas escolares, quadros interactivos, apoio escolar e social. Sabe-se que a construção de escolas é da responsabilidade do Governo, mas os terrenos são as autarquias que os compram ou cedem para esses fins; vê o parque desportivo a desenvolver-se, haverá dentro de pouco tempo um Pavilhão Gimnodesportivo novo, com excelentes condições para a prática do desporto; vê que requalificaram toda essa envolvente ao estádio municipal; vê que o apoio social não foi esquecido, bem como o apoio aos jovens em diversas áreas; vê uma Biblioteca Municipal; vê alguma manutenção de espaços e equipamentos e por fim, vê as Piscinas Municipais, que acho ser de mau gosto, alguém dizer que é a zona com mais piscinas per capita do país, e ainda que o seja, esquecer-se, que há que contar com todos aqueles que não têm piscinas, e são muitos, para não dizer a maioria dos habitantes, basta lá ir, para ver que é um equipamento, bem concebido, bastante utilizado e com bastante actividade; há ainda que ver a construção de um terminal rodoviário, condigno para uma cidade como a nossa, há sem dúvida, para além das referidas, ainda muita obra feita para ver, é verdade, temos de admitir!
Quanto ao que não foi feito ou foi feito mal. Antes de começar, é importante dizer que qualquer gestor que se preze (o presidente da câmara é um gestor acima de tudo), tem que ter um plano de acção bem definido e orientado, alicerçado em dados concretos, estatísticas e análises contextuais, que defina um rumo sustentável de desenvolvimento estratégico de futuro, que englobe todo o concelho e, não se pode ficar apenas pelo cumprimento de um simples programa eleitoral, até porque ninguém já liga a isso, e quando ligam “Promessas, é só promessas!” e ficamos por aí. A este propósito, a nível autárquico e até a nível nacional, as pessoas escolhem caras, simpatia, imagem, postura, muito folclore e sobretudo ONDAS e, agora, ainda é a onda do Desidério, daqui a quatro anos, será outra, a do David ou de outro qualquer nome, portanto, amadorismos e coisas feitas em “cima do joelho”, só para agradar, como sãos os programas eleitorais é para esquecer. Programas eleitorais, eu chamar-lhe-ia linhas orientadoras sem grandes compromissos, porque quase nunca são cumpridas as promessas. E isso, Desidério não fez bem, foi respondendo às necessidades do momento, com uma ou outra coisa planeada, que depois não se enquadra no todo, morre ali, como se diz, enfim, deixou-se levar pela euforia do “Movimento Associativo”, que tomou proporções babilónicas, difíceis de controlar e fiscalizar os seus fins e os dinheiros que se atribuem anualmente e, como já disse noutras análises, excluindo duas ou três delas, que têm fins úteis para as pessoas e para a sociedade, as demais, não deixam de ser, senão sorvedouros de dinheiros, e montras de vaidades para os seus dirigentes e acólitos, dinheiros esses que fazem mais falta noutras áreas. O populismo saloio é um outro erro, apesar de ser um trunfo, porque as pessoas gostam de ter o presidente ao seu lado, é em simultâneo uma demonstração tacanha de fazer política, permeável a tudo e a todos, e o que se fez até hoje, foi isso mesmo, aproveitar tudo e mais alguma coisa para o culto da personificação de um “Eu”muito bom e muito importante. A vida não pode resumir-se a festas e mais festas, um gestor de uma empresa que andasse todos os dias em festarolas, não podia gerir a sua empresa. No bem público passa-se o mesmo, o presidente deve ir a este ou àquele evento, mas não a todos, foi e é um erro, a sua missão não é ouvir as pessoas, é gerir da melhor forma os recursos do bem público, os técnicos é que devem ouvir as pessoas e encaminhar os seus pedidos para os sectores competentes. O próximo presidente que siga um rumo idêntico, é um presidente do tempo passado.
Uma outra situação, menos abonatória, diz respeito à falta de imparcialidade. Quem está nestes cargos, como sabemos, está sujeito a muita pressão por parte de vários lobbies, e quando existe favorecimento deste ou daquele, numa ou outra situação, leva ao descrédito dos políticos e provoca nas pessoas uma sensação de impotência e injustiça perante a desigualdade, mas este não é apenas um problema só daqui, é por todo o lado, é recorrente diria! Um outro aspecto, amplamente criticado, são alguns eventos de promoção, foguetes, decoração de Natal, etc... por pecarem por excesso e falta de senso, ainda mais agora em tempo de crise. Essa promoção é necessária, contudo, quem tem de a suportar não pode ser a autarquia, mas quem dela tira proveito, porque ainda não se viu as empresas partilhar os lucros com a autarquia nos tempos de bonança.
Para finalizar, alguns sectores não foram bem geridos, é de alguma falta de senso, colocar à frente de sectores, que obrigaram a grandes conhecimentos técnicos e experiência comprovada, pessoas pouco preparadas e sem qualquer vocação para o exercerem, e ao que parece, vai continuar assim.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Cadidaturas independentes são o futuro da democracia?

As candidaturas independentes podem vir a ser uma alternativa ao domínio soberano dos partidos. Actualmente, só são permitidas nas eleições autárquicas e presidências, obviamente, com bastantes condicionantes e difíceis de concretizar, como era de esperar. Só não se percebe, porque se excluiu essa possibilidade nas legislativas?
As organizações partidárias são uma espécie de oligarquias que se fecham sobre si mesmas, nas quais só deixam entrar quem querem. É urgente fazer-se uma reforma do sistema eleitoral, para que mais cidadãos possam intervir activamente com os seus contributos e as suas ideias a bem do país. O sistema vigente está caduco e viciado e, de certa forma, tem contribuído para o estado actual a que chegámos, que é de descrença total nos políticos e de pobreza crónica, que bem ou mal, lá nos vai consolando tão tristemente.
Basta ver o que se passou nestes últimos anos, pessoas aparentemente sérias, que nos habituaram a vê-las com isenção e verticalidade, vemo-las agora envolvidas em escândalos, com esquemas de corrupção de elevada complexidade e só por casualidade se descobrem as suas falcatruas. E o mais grave para nosso desconsolo, por norma, não lhes acontece nada de grave.
Quanto ao “mais do mesmo”, eleições após eleições, quer de um lado quer de outro, são sempre as mesmas pessoas, apenas se vão revezando e quando há lugar a renovação, é o que todos sabemos: família, amigos, primos…Assim, é quase impossível “endireitar” o país com todo este esquema montado à volta dos partidos e dos grandes grupos do dinheiro, que escolhem pessoas, não pelas suas capacidades e competências, mas sim, para intercederem a favor de quem os indicou e “negociou” para os representarem de forma camuflada.
Vejam a complexidade a que os candidatos independentes estão sujeitos para as eleições autárquicas.
“O cálculo de base para determinar o número mínimo de assinaturas, cujo valor absoluto varia de caso para caso, baseia-se numa equação onde o número total de eleitores é dividido pelo triplo dos eleitos locais.
Em hipótese, num concelho com cem mil eleitores e 11 membros de um executivo municipal, seriam necessários 3.030 assinaturas (100.000 a dividir por 33), a entregar num prazo a definir após a publicação da data da realização das eleições autárquicas - o que só acontecerá no segundo semestre de 2009.
O número de assinaturas necessária desce substancialmente quando falamos de uma candidatura à Assembleia Municipal, já que o número de eleitos é substancialmente maior - no mesmo universo de cem mil eleitores, e face a uma AM com 30 membros, são precisas 1.111 (100.000 a dividir por 90).
Os partidos, que se encontram já registados, e que aquando da sua formação tiveram também de apresentar um número mínimo de assinaturas, já não são obrigados agora a esse procedimento, bastando apresentar os nomes dos candidatos.
O financiamento de uma candidatura independente é rigorosamente igual ao de uma partidária, mas sem o "guarda-chuva" financeiro em que os partidos normalmente se transformam durante o período eleitoral.
Os partidos optam normalmente por contrair um empréstimo global com a banca, entregando logo no arranque da pré-campanha uma determinada tranche a cada candidato.
Um candidato independente terá de depender num primeiro momento de um empréstimo que faça a expensas próprias, esperando depois conseguir os apoios e patrocínios necessários para o pagar na totalidade.
O Orçamento de Estado atribui uma verba geral para patrocinar candidaturas em cada acto eleitoral, tendo cada município direito a um determinado "bolo".
Um quarto desse "bolo" é distribuído de forma igual por todas as candidaturas, sendo os restantes 75 por cento distribuídos de acordo com os resultados eleitorais - pagos apenas após a publicação desses resultados, ou seja, nunca antes de meados do ano seguinte.
Uma candidatura independente tem direito a receber donativos como a de um partido, com as mesmas restrições: cada doação está limitada a um máximo legal e só pode ser feita por particulares devidamente identificados, nunca por empresas.
Para o efeito, por norma uma candidatura independente é suportada por uma associação ou "movimento de cidadãos" com número fiscal próprio para "passar recibo" a cada donativo efectuado e com quotas pagas pelos respectivos associados - que em alguns casos podem corresponder a centenas ou mesmo milhares de cidadãos. ”
Fonte: RTP (site)

domingo, 9 de agosto de 2009

A lista de Ferreira Leite e os seus erros

Manuela Ferreira Leite, não só, não foi prudente na escolha dos candidatos a deputados, como não soube anular Passos Coelho. Seria mais sensato e para bem da união do PSD que lhe desse a Distrital de Vila Real. Não o fez, agora, vamos aguardar até ao final de Setembro.
A este propósito, lembram-se de uma frase de Durão Barroso, numa entrevista que a SIC lhe fez, onde dizia a dada altura, “que serei Primeiro-Ministro, serei! Quando não sei!”, com Passos Coelho, vai acontecer o mesmo, que será líder do PSD, será! Quando? No primeiro desaire de Ferreira Leite.
Poder-se-ia pensar noutras hipóteses para a futura liderança. Rui Rio, a sua passagem pela Câmara do Porto não tem sido fácil, lidar com a oposição e devido ao seu carácter autoritário e austero, não lhe permite reunir grandes apoiantes, para alguma vez chegar a Líder do partido. Alexandre Relvas, sim, mas anda muito entretido com grandes projectos empresariais e aparece de quando em vez, só nos bons momentos. Borges de Macedo, não vale a pena falar. Dos actuais vice-presidentes, apenas um poderá chegar a líder, Aguiar Branco, tem presença, mas sem carisma e garra de lutador, portanto, a ver por todo este leque de possíveis condidatos, apenas um tem a garra e vai consegui-lo mais tarde ou mais cedo, que é o Passos Coelho.
Voltando à lista, nomes como o do Filho de Luís Filipe Menezes, o de filhos de vários presidentes de câmara, desalinhados de outros partidos – Maria José Nogueira Pinto, desrespeito pelas Distritais e afastamento dos principais opositores, são tudo, bons indícios para um possível fracasso eleitoral. Os portugueses estão cansados destas coisas, feitas a sabor dos amigos, sem isenção e com muito compadrio de muito mau gosto. A maioria das pessoas quer gente séria nos comandos deste Portugal desgovernado, quer pessoas responsáveis, que saibam defender até às últimas instância o bem comum.
Por acaso, Sócrates há quatro anos atrás, até chegou a apresentar-se como sendo essa pessoa. Ainda se recordam porque é que ganhou? Porque o “povo” estava farto das trapalhadas de Ferreira Leite, Durão Barroso, Santana Lopes, Paulo Portas, Arnault e Morais Sarmento e, não vendo outra alternativa, votaram em massa no PS. Erro atrás de erro, o “povo” português não aprende mesmo.

sábado, 8 de agosto de 2009

David Martins, será que veio para ficar!? Ou não!!

Qual será o seu futuro político, caso venham a obter um resultado ainda mais fraco do que Fernando Anastácio, há quatro anos atrás? Terá, David Martins, capacidade e forças para se manter como vereador sem pasta e presidente do PS em Albufeira, sem que os militantes de peso se mexam e o acusem de prometer muito e, pouco conseguir alcançar?
David Martins já cometeu um erro, vai perder a Freguesia de Paderne. Continuará a dominar as Ferreiras e deve ficar-se por aqui. Olhos d’Água, é ainda uma incógnita, mas, mesmo ganhando duas freguesias, ficará numa posição bastante complicada e o mais certo será dar o seu lugar a alguém mais capaz.
Esta análise é apenas política, não tem outro objectivo, senão tentar antecipar o que irá acontecer, não se pretendem julgamentos de carácter, nem atacar ninguém. Voltando ao assunto, o PS, depois do Desidério ter alcançado o poder em Albufeira, parece que se apagou por completo. As razões devem ser várias, mas uma coisa é certa, que andam muito sossegados andam. É sabido que a política local se faz mais pelas pessoas em si, do que pelas cores partidárias, mas neste caso, parece haver uma correlação directa entre a acção do PS nacional para com o PS local. As políticas de afrontamento a quase todos os sectores, acabam por fazer mossa, aqui localmente. Uma coisa é certa, David Martins não vai poder contar com os professores e talvez com muitos outros sectores, é sabido que esteve presente nas várias votações, como deputado, na Assembleia da República e votou sempre a favor das intenções do governo, terá de carregar este fardo e por mais argumentos que encontre, será sempre uma pedra no sapato as políticas impostas pelo Governo de Sócrates.
Um outro erro, é não afrontar directamente o Desidério, deixa que este se sobreponha e galvanize para si toda a energia que tem vindo a colher com as associações. Temos de ser analíticos e coerentes, Desidério soube muito bem organizar-se e retirar desses meios o que verdadeiramente lhe interessa, o voto, a confiança e o apoio. Penso que não será justo falar em “comprar” as associações com os subsídios. Umas mais que outras, até são fundamentais e necessárias, outras há, que não, é claro! Nessas o apoio autárquico é mal empregue. David Martins chegou tarde, diz querer fazer mais, mas esse espaço já foi conquistado e como as associações não dependem de si, não o apoiarão. Se realmente quiser obter um bom resultado, vai ter de sair para a rua, deixar-se de mordomias e com alguma acutilância explorar o que o Desidério não controla e não soube aproveitar, em suma, fazer uma análise Swot de Marketing Político e apontar baterias aos pontos fracos da gestão do seu adversário e, claro está, propor alternativas.

Os Delfins

A sucessão de Desidério no PSD de Albufeira não será pacífica. Por um lado, José Carlos Rolo, o homem da educação e dos dinheiros da autarquia e por outro, Carlos Silva e Sousa, o cérebro do PSD Albufeira e o único homem político que o PSD Albufeira tem actualmente, e como amplamente é sabido, ambos desejam alcançar a tão cobiçada cadeira do Presidente.
Quanto aos “Delfins”, os nomes são vários e conhecidos. E é provável que um deles venha a suceder ao Desidério, obviamente com o apoio de um dos Carlos ou até dos dois, se forem inteligentes.
E como já foi abordado nalguns blogs da praça, a vida do sucessor do Desidério não será fácil, para além das “guerras” internas que vão acontecer no partido, terá, ainda de confrontar-se com duas realidades a que não pode fugir: uma, o David Martins, que está a “conhecer os cantos à casa”, e capitalizará, daqui a quatro anos, o descontentamento do futuro Governo PSD de coligação, segunda realidade, o inevitável cansaço do PSD em Albufeira e a pesada herança do Desidério, que fez obra, mas deixou muito por fazer. Os erros de estratégia para o desenvolvimento local são muitos.
Neste oito anos de governação, a nível autárquico, podemos verificar que não houve um plano definido de desenvolvimento a médio e a longo prazo para o concelho, para que a cidade se modernizasse no seu todo. A aposta nas energias renováveis ou alternativas, em novos meios de transporte públicos, em novos parques industriais, em inovação e na procura dos chamados “Clusters”, não foram feitas. Continuamos a depender fortemente do turismo e num mundo globalizado, Albufeira tem de apostar noutras vias, para que cresça harmoniosamente e continue a ser emblemática pelas suas características intrínsecas.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Antonieta Guerreiro, de secretária a deputada

Antonieta Guerreiro, a nova coqueluche de Mendes Bota. Um dos principais critérios para a escolha dos candidatos a deputados deveria ter em conta o currículo, mas parece que não é bem assim. Antonieta Guerreiro, ninguém lhe conhece currículo, aparece inevitavelmente por imposição das cotas femininas e por ser a presidente do Movimentos das Mulheres Sociais – Democratas, movimento criado pelo Bota.
Nomes como Carlos Silva e Sousa, Elidérico Viegas, são relegados para um segundo plano, para dar lugar a Antonieta Guerreiro, que vem não se sabe de onde. De secretária do Bota, passa a candidata a Deputada e arrisca-se a sê-lo mesmo.
Não há no Algarve uma mulher mais capaz, com currículo e com outros atributos e competências para representar os Algarvios? Certamente que há, mas como os partidos, nas suas estruturas distritais e concelhias funcionam mal, deixam que surjam pessoas que pouco ou nada deram à sociedade. São assim os nossos políticos, a nossa política e o nosso governo.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Fracos líders os do Algarve

As estruturas regionais dos dois principais partidos não servem para nada. A julgar pelo sucedido nas escolhas dos cabeças de lista PS (João Soares) e PDS (Bacelar Gouveia), para o círculo eleitoral do Algarve, só podemos chegar a essa mesma conclusão, de que pouco importa a vontade dos militantes. Mendes Bota acabou por ser ultrapassado, deixando actualmente uma marca de pouco peso no PSD e de relativa influência. O mesmo se pode dizer de Miguel Freitas, que não goza de tanto mediatismo, mas revela igualmente pouca influência na estrutura nacional do PS. Assim, ambos ficam a perder e o Algarve no seu todo, pois não conseguem ser cabeças de lista pelos seus próprios círculos, o que é lamentável e os deixa numa posição bastante frágil perante os seus militantes.
No caso do Bota, se Ferreira Leite vier a ganhar as próximas legislativas, será o seu fim político. Como é sabido não goza de grande simpatia por parte da líder nem do Presidente da República, e agora mais do que nunca, já mais conseguirá alcançar o patamar da notoriedade no partido que tanto ambiciona. Será tempo de mudança nas estruturas distritais do PSD e PS e deixar que outros possam fazer mais pelo Algarve.
O Algarve precisa de gente forte, que saiba afirmar-se e que não se deixe ultrapassar pelos “Barões” dos respectivos partidos.

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